quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

SÍNTESE DA PESQUISA

O objeto desta pesquisa é investigar os usos e implicações teóricas, na perspectiva da Lingüística Aplicada, de objetos de aprendizagem (OA), voltados para o ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa no ensino médio, considerando as características multimidiáticas e hipermidiáticas do contexto informatizado. Seus usos e configurações têm sido estudados, principalmente, através de teorias cognitivas e computacionais. Nesse sentido, o estudo proposto neste projeto apresenta a possibilidade de diálogo teórico e aplicado entre essas duas áreas de conhecimento e a Lingüística. Essa última, neste projeto, acentua a planificação textual de materiais instrucionais como uma prática social, logo, com características discursivas. Nesse sentido, o estudo não se constitui na confirmação de estudos anteriores sobre OA (GAGNÈ,2005), mas pretende, por suas características interdisciplinares, a partir do enfoque discursivo das práticas e de sua teorização, apresentar elementos novos, inseridos na concepção de hipergênero, BKHTIN, 1984; BRONCKART, 1999; CHENEUWLI (2004); MANGENOT, 2005e 2006 e PERAYA, 2005. A pesquisa terá caráter empírico. Os OA serão propostos, utilizados, avaliados e reformulados em um Programa de Formação de Professores em Educação á distância,dentro da concepção de Educação Continuada, a ser apresentado à Secretaria de Educação do RS. Como principais resultados, propõem-se o aperfeiçoamento da concepção de OA, seu planejamento e uso para educação à distância em Língua Portuguesa para ensino médio.Os materiais resultantes (OA) e textos teóricos) constituirão um repositório componente da home page da pesquisa e de um livro digital.

JUSTIFICATIVA



A pesquisa buscará, além de sua dimensão de pesquisa aplicada, teorizar as atividades de ensino e aprendizagem na perspectiva dos objetos de aprendizagem (OA) propostos como hipergênero, inseridos na teoria dos gêneros textuais. Na perspectiva de contribuir para o avanço desses usos, serão utilizadas, de início, atividades de ensino e aprendizagem, decorrentes da pesquisa anterior (2006–2007). A necessidade, também, de dar maior sentido social aos materiais produzidos anteriormente e a necessidade de produção de conhecimento para a linha de pesquisa Linguagem, Tecnologias e Educação justificam a tomada de posição em relação ao atual projeto, de vinculá-lo aos resultados da pesquisa anterior.
O atual projeto parte, então, dos resultados apresentados até a presente data (agosto de 2007) na pesquisa coordenada pela proponente, desenvolvida no período 2006–2007, Planificação textual em ambiente informatizado Nessa pesquisa, as situações de cunho empírico foram desenvolvidas para a constituição e discussão de dados registrados em artigos e capítulos de livros,assim como na orientação de TCCs, trabalhos de iniciação científica e dissertações,( registrados no LATTES). Esse trabalho levou, de forma contínua, a propostas de atividades de ensino e aprendizagem. Apresenta-se como oportuno, então, nesse momento, reunir, propor e expandir tais práticas. Enquanto pesquisa aplicada, este trabalho apresentará duas dimensões: a prática e a teórica.A dimensão prática será abrigada pela construção de OA e a dimensão teórica será abrigada pela compreensão de OA na perspectiva de hipergênero.A concepção de hipergênero,no estudo teórico de OA poderá fornecer um caráter epistemológico da Lingüística para os estudos de informática, Psicologia Cognitiva e Educação, principais redutos de abrigo dessa concepção de material instrucional.

Marco teórico
Os termos chave do marco teórico são: multimídia, hipermídia; objeto de aprendizagem e hipergênero.
Objetos de aprendizagem e contribuições da Lingüística- sobre gêneros e hipergêneros
Objetos de aprendizagem, abreviados como OA, são entendidos como elementos de um novo tipo de ensino baseado em computador construído sobre o paradigma de orientação da ciência da computação e da Psicologia Cognitiva. Eles permitem aos chamados projetistas instrucionais a construção de pequenos componentes instrucionais os quais podem ser reutilizados em diferentes contextos de aprendizagem(Wiley 2002). Os princípios para o ensino e aprendizagem de língua Portuguesa no ensino médio que orientarão a construção dos AO neste trabalho são o de acessibilidade, isso é, conseguir o máximo de qualidade com o mínimo de esforço; durabilidade e reusabilidade, termo que tem sido utilizado, significando a incorporação de múltiplas possibilidade de uso das atividades educacionais propostas. Também, priorizar-se-á o uso de recursos multimídia em um ambiente chamado de repositório, entendido como um sistema de gerenciamento de materiais verbais e não verbais de aprendizagem (Learning manegement system). Adotar-se-ão padrões abertos de ação, sistemas de ensino e aprendizagem altamente interativos e interacionais tanto para professores como para alunos, possíveis através de atividades que envolvam a potencialização da interatividade oferecida pelos programas (uso de links, por exemplo) e potencialização da interação (pessoa-pessoa; pessoa-grupo; grupo-grupo, por exemplo). Assim, os objetos serão constituídos para uso na internet e em ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), acrescidos pelo uso de imagens móveis(multimídia) como filmes e jogos; vídeos e imagens fixas como fotos, assim como rádio. Do ponto de vista teórico essa proposta envolve questões de tecnologia e modos de conceber a aprendizagem. Em pesquisas desenvolvidas pela proponente na Unisinos, nos PPGs de Comunicação e Lingüística Aplicada,(registro no Lattes)é possível propor que esses conceitos permitam estabelecer uma linha de continuidade entre sistemas de comunicação e de informação, necessariamente incluídos no estudo sobre ensino e aprendizagem em contextos informatizados, no âmbito da Lingüística Aplicada.Legendre (1993) define mídia como meios baseados na tecnologia, permitindo divulgar e reter informações assim como desenvolver atitudes, permitir reversibilidades de ações e favorecer a expressão. Aponta dois tipos de mídias eletrônicas: as que reposam sobre as capacidades de conservação dos sistemas de informação (multimídia) e os que reposam sobre sistemas de comunicação (hipermídia).O termo multimídia refere-se a textos produzidos e estocados em mídias eletrônicas. Esses textos são verbais (escrita e áudio), ou não verbais como imagens fixas ou animadas, vídeos ou, mesmo, apenas orais como é o caso do rádio ou canais de música. Essas possibilidades de diferenciadas mídias acessíveis no computador levam à constatação da impossibilidade, dentro da temática de ensino e aprendizagem em meios informatizados, de considerar o ensino de língua que não esteja relacionado à língua em suas relações com as demais linguagens. Qualquer proposta de ensino de língua que desconsidere esse atual estado de desenvolvimento tecnológico coloca-se aquém do que a cultura tecnológica possibilita aos adultos, jovens e crianças, concorrendo, então, para o desinteresse frente às aulas de língua e para o enfraquecimento da produção de conhecimento em Lingüística Aplicada, dentro da linha de tecnologia, linguagem e educação.
Quanto à hipermídia, Legendre (1993) a define como um sistema que utiliza a tecnologia para favorecer a interação mais eficaz entre pessoas e a tecnologia que se ocupa do tratamento da informação. Propõe-se aqui, a título de exemplo, a rede de computadores como um sistema prototípico.Sistemas de hipertextos e meios de comunicação (mídias) síncronos e assíncronos. À rede, associam-se instrumentos de navegação e de busca. Isso tudo permite a abertura para situações de aprendizagem num sistema aberto que é entendido, neste trabalho, como complementar aos ambientes virtuais de aprendizagem, (TELEDUC, da UNICAMP, ROODA, da UFRGS e AVA, da UNISINOS são alguns exemplos). Esta proposta é pela priorização da construção e do uso de objetos de aprendizagem que utilizem esses diferentes recursos de multimídia e de hipermídia que a internet possibilita.Sobre esse tema, lê-se em Luchesi et al. (2006) que os alunos participantes de uma cultura multimídia e hipermídia, apresentam, cada vez mais, um perfil que muda a forma de uso das informações, das meta-informações e seus processos comunicacionais. Isso lhes causa muita dificuldade em lidar com métodos ortodoxos. Cria-se, nesse momento,a necessidade de pensar sobre como utilizar ambientes informacionais e comunicacionais voltados para a comunicação em rede,na educação,sem jogar sobre esses ambientes o peso de uma concepção pedagógica ortodoxa.Isso é, pergunta-se como conciliar informação e comunicação com uma proposta de uma educação lingüística, no caso deste projeto, voltada para a autonomia. Essa é uma questão central nessa pesquisa. Assume-se, aqui, mais uma vez, o argumento de Luchesi:
[..] às vezes existe um tutor, mas não existe flexibilidade que torne o material ajustável à necessidade do aprendiz. Faltam, no nosso entender, ferramentas ou composição das existentes para construção do conhecimento, bem como,diversidade de objetos em nível bom ou com competências pedagógicas mínimas.Esse é o momento da consolidação da virtualização. Da real troca de paradigma doEnsino/Aprendizagem. As mídias, software e hardware, estão chegando a uma maturidade que possibilita a criação de Objetos de Aprendizagem (OA) adequados.
O projeto de OA deve buscar atender aos princípios de projeto Instrucional. A relação de eventos de aprendizagem proposta por Gagné (2005) constitui elemento de orientação que facilita e norteia o trabalho do projetista.Na condição de material instrucional, estudados com cunho fortemente cognitivista, aspecto que será problematizado nesta pesquisa pela inserção de uma abordagem discursiva( a ser tratado no próximo item), um OA deve descrever o objetivo de aprendizagem para aumentar sua expectativa e levar o estudante a focalizar sua atenção; estimular relembrança de conhecimento prévio trazendo-o para a memória de Trabalho; apresentar o material a ser aprendido;prover orientação durante a aprendizagem;propor formas diferenciadas de prática;ensejar verificação sobre a o alcance dos objetivos de aprendizagem e, finalmente,aperfeiçoar transferência das informações e conceitos,ensejando sua aplicação em tarefas atuais e futuras.
Adicionalmente,é preciso considerar a forma apropriada de combinação dos diversos tipos de mídia que a tecnologia atualmente enseja. Mas para isto é preciso atentar para a forma como o processo de cognição ocorre. A formulação cognitivista, que tanto influenciou as atuais concepções educacionais, admitindo a semelhança entre o desempenho da inteligência humana e o funcionamento lógico de um computador, propõe que o pensar humano ocorre da mesma forma que um computador processa informações. O ser humano é, assim, considerado como um “sistema de tratamento da informação” sendo a memória constituída basicamente por uma memória de curta duração, também chamada de memória de trabalho, a memória de longa duração e um sistema de gerenciamento que determina quais as informações presentes na primeira que devem ser armazenadas na segunda. Estudos recentes mostram que este sistema de tratamento de informação dispõe de entradas independentes para a informação visual e para a verbal. Mousavi (1995) mostra que ocorre redução da carga cognitiva misturando-se apresentação visual e auditiva, pois a existência dos dois sub-sistemas separados e independentes faz com que a carga possa ser reduzida quando ambos os sub-sistemas estão ativos comparado com quando todo o processamento usa apenas um único sub-sistema. Todavia, conforme estudado por Mayer (2001 e 2002) a redução da carga em decorrência do modo dual de apresentação ocorre apenas quando a informação presente nas diferentes modalidades não é redundante, pois se for redundante a carga cognitiva aumenta.
Projetistas de ambientes de aprendizagem utilizam multimídia e interatividade como forma de conseguir uma aprendizagem mais eficaz. Todavia, em alguns ambientes, estes fatores podem resultar em um efeito de distração e causar um impacto negativo no processo de aprendizagem resultando num aumento da carga cognitiva, ou seja, da quantidade de recursos cognitivos alocados a uma tarefa específica, conforme destacado por Sweller (2005).
A marca preponderante na organização de objetos de aprendizagem é cognitivista e tecnológica,situada nas ciências da computação.Este projeto, inserindo os OA no âmbito da Lingüística Aplicada propõe uma aproximação que se julga enriquecedora para o avanço da concepção e uso de OA, constituído pelo acrescimo de contribuições de teorias discursivas de base sociointeracionista, na linha dos estudos que vimos fazendo( 2004/2007).
Se, de um lado, a concepção e os usos dos OA e seu ambiente, os repositórios, fornecem para as atividades de ensino e aprendizagem em Língua, um lugar teórico e operatório confortável, por outro lado, como foi possível avaliar na retomada feita sobre o conceito de OA, a marca de sua teorização tem sido marcantemente cognitivista e computacional. Crê-se que este trabalho pode ocupar um espaço teórico interdisciplinar desejável, qual seja o da contribuição das ciências lingüísticas para aprofundar o entendimento desse conceito, incluindo-o como objeto de estudos da teorias do discurso (neste caso de teorias que trabalham com gêneros textuais porque os OA serão considerados, neste trabalho como prática social, logo, inserido em um determinado contexto físico e social de produção de linguagem (o computador e o ensino aprendizagem de línguas).
Opta-se por justificar, neste projeto, tendo por pressuposto a teoria dos gêneros, delimitada em Backhtin (1984); Bronckart (1999;2006) e Cheneuwli (2004) a inserção dos OA na categoria teórica dos gêneros, propondo-os, a partir daí, como um hipergênero, segundo conceito de Maingueneau (2005), a ser estendido para o ambiente virtual, como contexto de produção de linguagem orientado para o ensino e aprendizagem de língua.
Maingueneau (2005) considera que as reflexões de Backhtin sobre gênero permitiram estendê-la ao conjunto de atividades verbais, literárias ou não, variando de acordo com diversos critérios. Esse é o caso de critério lingüístico como as marcas de enunciação e os tipos de organização textuais, o critério situacional, em que se incluem os tipos de papéis sociais que implicam uma prática social dos participantes, as circunstâncias nas quais elas intervêm, assim também como critérios funcionais, como é o caso das finalidades do texto: lúdico, educacional, publicitário, por exemplo.Como os gêneros são dependentes da sociedade dos quais participam, uma modificação nos modos de circulação, por exemplo, é o suficiente para transformar um dado texto quanto ao pertencimento a um determinado gênero. Esse é o caso do objeto de investigação deste trabalho. Uma atividade de ensino e aprendizagem em um livro didático será incluído como gênero pedagógico, já essa atividade em um dispositivo digital (baseado em hiperlinks, interatividade e possibilitando interação instantânea inserida, por sua vez, em um repositório digital produzirá transformações quanto ao tipo de gênero inicialem que estava colocado.Isso é, gêneros mídia ticos interrelacionados, a partir de propostas de usos para fins educacionais, voltados para o ensino e aprendizagem de língua não se constituirá em gênero didático, permanecendo como gênero midiatico utilizado em situações de ensino. Essa é uma questão central para a inserção desse tema dentro da noção de objeto de aprendizagem: não se trata de atividades para ensino mas de uma maneira particular de organizar um texto que vem de um determinado gênero de discurso e migra para outras marcas de enunciação, outra situação comunicacional, com repercussões sobre modos de organização do texto (no caso dos OA). Pensa-se que essa é uma questão que permite que o contexto físico e social de produção de texto, que é o computador, possa justificar a inserção teórica dos OA em teorias sobre texto e discurso.Isso permitirá, por hipótese, um importante avanço no sentido de complementar os estudos pedagógicos e computacionais,colocados na cena cultural e de desenvolvimento humano, possíveis pelos contextos multimidiáticos. Bronckart (2003) considera o ambiente computadorizado um importante marco para o desenvolvimento ontogenético do ser humano. “ Depois do computador “nunca mais seremos o mesmo”, afirma. O pedagógico, aqui, expande-se para o educacional no sentido ontogenético do desenvolvimento.Essas transposições podem criar regularidades, estabilidade sobre os modos de organização textual, produzindo-se um modo de generalidade a partir da regularidade do quadro sociodiscursivo no qual está inserido e dos modos de organização textuais.Esse é o caso,por exemplo,do correio comercial, anuário telefônico, todos caracterizados por procedimentos de composição mais ou menos fixos, pré estabelecidos sobre os quais se exercem forte controle, a tal ponto que se torna impossível falar em um autor para esses tipos de gênero. No caso de estudo aqui presente, localiza-se o hipertexto como um dos lugares de manifestação da problematização do autor monológico e a manifestação do autor dialógico,“por excelência”, sendo essa, por hipótese, neste trabalho, uma das características do hipergênero.Julga-se oportuno apresentar a noção de hipertexto, a ser expandida, a partir dos pressupostos teóricos deste estudo. Neste estudo não se confunde hipergênero com hipertexto, mas se considera o hipertexto como a principal tecnologia de constituição do hipergênero. Para tanto, será trazido o que Maingueneau apresenta:
Um hipertexto permite, antes de tudo, formatar um texto: não é um gênero de discurso, um dispositivo de comunicação sócio-historicamente definido, mas um modo de organização textual no interior do qual podem se desenvolver cenas de uso de linguagens as mais variadas (MAINGUENEAU, 2005, p.135)
A idéia de hipertexto, nesse sentido, não se confunde com um colocar em forma, segundo características estáveis de um gênero (veja-se por exemplo os itens indicados por Gagné para compor um OA.). Utililiza-se, para maior compreensão, Maingueneau, na continuação do texto acima quando diz que nas verdadeiras obras deve haver no hipergênero uma forte semantização do recurso formal. A formatação deve ser fortemente motivada pelo conteúdo do discurso, que é variável, por definição. Esse é um principio que será denominado, neste estudo, de tensão entre a generalidade e a especificidade para compreender os OA como hipergênero. Um hipergênero possui um certo número de potencialidade que é explorada diversamente a cada uso. Então, por hipótese, nesse caso, o princípio da reusabilidade não significa um congelamento de modo de uso para uma repetição em contextos diferentes. Assim, nessa tensão e dentro da perspectiva dinâmica da reusabilidade, que deve ir até o limite da não descaracterização do hipertexto, apresentar-se-á o esquema que Maingueneau apresenta, quando discute o diálogo como hipergênero.

OBJETIVOS RELACIONADOS COM A PESQUISA APLICADA



Construir e utilizar OA em situações concretas de ensino e aprendizagem, mediadas por computador, em escolas de ensino médio do vale do Rio dos Sinos, dentro de um programa de formação continuada de professores de Língua Portuguesa;
Avaliar o efeito do uso dos OA na qualidade da aprendizagem, considerando como critério: os resultados obtidos pelos alunos nas avaliações da escola; o grau de adesão de professores e alunos ao trabalho; a formação de uma mentalidade para o uso do computador em sala de aula refletida na manifestação espontânea de continuidade do trabalho, na busca pela qualificação em programas de pós-graduação, mestrado e doutorado

OBJETIVO RELACIONADO À TEORIZAÇÃO DA PESQUISA APLICADA


Contribuir para o avanço conceitual da noção de objeto de aprendizagem(OA), através da inclusão do escopo teórico do Interacionismo sóciodiscursivo, propondo os OA como hipergenero, com implicações para seus futuros usos.

OBJETIVO RELACIONADO ÀS POLITICAS DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA



Contribuir para o crescimento do número de escolas públicas e privadas que utilizam o computador em sala de aula e para a conscientização sobre a importância do ambiente informatizado como política de inserção e desenvolvimento social do Vale do rio dos Sinos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Identificar, na região, escolas de Ensino Médio que possuem laboratórios de informática;

2- Capacitar os professores interessados para o desenvolvimento em situações concretas de ensino e aprendizagem dos OA;

3-Acompanhar o desenvolvimento das atividades junto aos alunos,ano de 2008e 2009;

4- Produzir teorizações sobre o enfoque da Lingüística Aplicada;

5- Disseminar no meio educacional e mídia,o processo e os produtos resultantes do trabalho.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO GERAL



A pesquisa que está sendo proposta tem caráter empírico, de cunho qualitativo. Utilizar-se-ão materiais de ensino e aprendizagem[1] tratados quanto à organização e uso como OA.Tendo, então, seqüências de atividades de ensino e aprendizagem, consideradas como OA (não confundir com seqüências didáticas) como elemento nuclear de estudo é necessário afirmar que será entendido como procedimento metodológico geral a inscrição da análise dentro das condições sociopsicológicas de produção. Isso significa partir do entendimento de que devem ser consideradas as situações de comunicação em que os textos são produzidos, expressas em questões como: quem está produzindo o quê, para quem, onde e em que situação particular de comunicação. Por se tratar de uma categoria emergente de gênero, devido ao tipo de contexto, propõe-se que seu caráter metodológico geral seja o de incompletude. Esse caráter deve ser, aliás, uma característica de qualquer procedimento teórico e metodológico, dentro dos cuidados epistemológicos que a pesquisa das ciências sociais e humanas devem apresentar. Este aspecto é chamado por Bronckart et alii (1999, p.77) de “diagnóstico de não acabamento”.
[1] Serão considerados materias para serem tratados como objetos de aprendizagem(AO), na perspectiva de hipergênero, os produtos resultantes da pesquisa que está em sua fase final de desenvolvimento( 2006-2007) e que cosntam no item referente aos principais resultados dessa referida pesquisa( anterior)